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Um relato sobre o The Send Brasil 2020


Faz exatamente um ano que esse evento aconteceu e eu ainda não consegui falar nada sobre ele aqui. Chegou o dia. (Sim, vou falar de um evento que tinha mais de 80 mil pessoas - pelo menos onde estava, e agora estamos numa época que deve-se evitar aglomeração de pessoas, é irônico).

O The Send. 

Antes de eu começar a falar que nem uma louca empolgada aqui, vou dar uma leve explicada para você que não sabe do que estou falando e nem sequer ouviu falar do The Send (acontece).

O The Send significa em inglês: o envio. Basicamente trata-se do envio de missionários às nações. Se você quiser saber sobre a história do The Send, acho interessante clicar aqui, que tem uma explicação melhor do que eu posso dar.  Para mim não é um evento, mas para facilitar a minha vida vou mencioná-lo como evento durante esse post. 

Ano passado o The Send aconteceu no dia 23 de fevereiro em Orlando, Califórnia. Eu nem sabia da existência do evento e estava de certa forma perdida em relação a isso. Então fui atrás, coloquei The Send no Google e apareceu um vídeo de cantores e pastores que eu acompanho nesse evento. Então assisti esse vídeo e meu coração queimou. 

Depois soube que um amigo meu que está pra lá tinha ido nesse evento (inclusive apareceu numa das fotos publicadas pela página do The Send), me senti representada. Me convenci que no próximo eu iria, já que estavam anunciando que seria aqui no Brasil. Eu estava esperançosa de que fosse em Curitiba, para ser mais fácil, mas não, tinha que ser em São Paulo. Por mais que eu tenha hesitado, no primeiro dia que abriu a compra de ingressos eu comprei.

Em junho de 2019 eu comprava os ingressos, sem saber como eu iria, e depois comprei as passagens de avião e a hospedagem. Tudo isso 8 meses antes do evento. Se isso não é empolgação, bom eu não sei. 

Na época eu nem queria pensar muito sobre o evento para não gerar ansiedade e muitas expectativas. Mas era difícil não pensar vez ou outra. Foi a primeira vez que peguei um avião na vida, e com certeza vai ficar marcado na minha vida por isso também. Além disso, ficamos hospedados em uma pousada muito bonitinha e super aconchegante. Estávamos temerosas pelo atendimento ser feito totalmente sozinho, pois tudo é digital. Mas graças a Deus foi tudo incrível por lá, sem imprevistos. 

Eu olho para trás e é difícil de acreditar que aconteceu mesmo, mas aconteceu. 

Eu estava empolgada para o que Deus tinha para fazer naquele lugar e ao mesmo tempo estava receosa de me frustrar. Minhas amigas, a Ju e eu fizemos planos para fazer em SP além do The Send, porém, estes foram praticamente todos frustrados, por vários motivos. Confesso que isso me chateou um pouco durante a viagem, mas tentei manter o foco no objetivo pelo qual estávamos ali. 

Deus sempre colocava uma frase no meu coração assim: "haverão outras oportunidades". E me agarrei naquilo. Não era a nossa última viagem da vida, com certeza. Era só o começo.

No sábado eu ficava pensando sobre o quão louco era 3 estádios estarem cheios de pessoas adorando a Deus unidos por um propósito. Levantando clamor por causas juntos. Para mim era algo sensacional de imaginar e de fazer parte. Ficava pensando em como daqui muitos anos eu contaria para meus filhos sobre isso. "Eu estava lá". 

Eu não queria perder nenhum momento, tanto é que fiquei muito tempo sem comer e beber água. Aliás, a água. A gente só percebe o quanto ela é importante quando ela nos falta. Tivemos esse problema no estádio do Morumbi. Eu como profissional de saúde sei o quanto isso afeta às pessoas, mas não conseguia reclamar sobre a situação sabe? Sabia que até nisso Deus queria mostrar algo.

Eu estava morrendo de fome, morrendo de sede, me queimei muito, passei mal por um tempo por causa do sol forte sobre nossas cabeças. Então veio a chuva. Aquela chuva foi o refrigério da minha alma, depois dela eu não senti mais nada. Nem fome, nem sede, nem cansaço. Pelo menos eu não me lembro.

O The Send realmente me instigou a fazer muitas coisas diferentes na minha vida, apesar de ser falha, creio que foi um marco e o pontapé inicial para as coisas mudarem.



Uma publicação compartilhada por pedro (@pedromamore) em
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Foto de um fotógrafo que acompanho e admiro muito! Pedro você arrasa! Esse foi um dos meus momentos favoritos! Na foto Jeremy Riddle.

Sabe, a gente não é obrigado a concordar com tudo. Eu não posso afirmar que todas as pessoas estavam com a intenção genuína de adorar a Deus por 12h, eu creio que a maioria sim estava, mas sei que podem existir pessoas que foram apenas por causa do evento e é assim que acontece. No entanto, é preferível que estejam em um lugar que tenha a presença de Deus, não é mesmo?

Quando eu voltei da viagem vi muitas críticas ao evento, porém, não podemos apenas atacar um movimento desses. Quem estava lá de coração aberto com certeza sentiu a presença de Deus. Óbvio que você pode sentir a presença em qualquer lugar, mas não tiro a importância do ajuntamento. Sempre devemos reter aquilo que é bom.

A ironia é estarmos nesse momento que devemos evitar aglomerações, abraços, até ficar em casa, não é mesmo? Lembro da minha amiga (que é estudante de enfermagem) super rpeocupada com a situação, e chegou a levar um frasco cheio de álcool em gel e nos obrigava a passar toda hora.

Acho que para um relato já está bom o suficiente, esse posta já ficou muito comprido. Aos poucos eu trago aquilo que ficou marcado no meu coração durante e depois do The Send.

Obrigada por ler até aqui, você é um vencedor.

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