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Sobre meditação e Tempo de qualidade com o Pai


[Oi, esse texto é de março, deixei ele de lado por um temo, mas quando me deparei com ele nos rascunhos senti que esse é o momento dele ser público]

Depois de mandar meu celular para a assistência técnica e ficar sem ele por umas 2 semanas eu já estava sem aquela certa dependência. E ontem, ao ler um dos posts da Thais Godinho sobre rotina eu tive um insight. Esses dias eu comecei a sentir algumas coisas profundas. Sabe saudades, tristeza, raiva, e etc. 

Então percebi que alguma coisa estava diferente em mim. E por incrível que pareça era por conta do celular. Não, não estou dizendo que o celular desencadeia esses sentimentos, a verdade é que eu sempre tive esses sentimentos, mas a distração do celular acabou roubando, tornando-os rasos e imperceptíveis, muitas vezes.. 

Vou explicar melhor. Ano passado, quando fiz meu estágio nas unidades de saúde eu conheci profissionais incríveis, principalmente a nutricionista e a fisioterapeuta da equipe que me ensinaram muitas coisas. Uma delas foram as PIC’s, as Práticas Integrativas Complementares, que são abordagens terapêuticas não convencionais, ou seja, como se fosse outro caminho para alcançar a resolução do problema, em vez de apenas prescrever medicamentos. E sim, são aprovadas pelo Ministério da Saúde e que geram bons resultados. 

Tá Jéssica, mas por que você está falando tudo isso? E o celular?

Uma das práticas inclusa nas PIC’s é a meditação, e antes que venham com sete pedras na mão, vou explicar. Estou falando da prática da meditação como forma de concentração e não ligada ao espiritual, que muitos pensam. Ela ajuda a trazer os pensamentos para o presente e concentrar-se no aqui e agora. Um termo utilizado para essa prática é o mindfulness, ou atenção plena, observar o momento, presenciar aquilo com todos os sentidos. A verdade é que eu gosto de usar o conceito de mindfulness como forma de autoconhecimento.

Nos grupos de meditação que fazíamos juntamente com as profissionais, víamos os participantes comentarem que começaram a sentir dores durante a meditação, mas a verdade é que a pessoa já estava com aquela dor, mas não tinha sentido ainda por conta das distrações e estresses da sua rotina.

Vou confessar que a meditação me encantou, pois me fez perceber que muitas vezes estamos muito focados no futuro ou no passado, não vivemos o agora. E isso tem impacto em muitas áreas da nossa vida, fazemos as coisas no automático, esquecemos vários detalhes do dia a dia, acabamos sendo menos produtivos e no fundo gera uma angústia.

A meditação serve para que a gente separe um momento do dia apenas para processar o que está acontecendo, permitir sentir o que precisa ser sentido. 

Quando foi a última vez que você orou? Que você conversou com o Pai? Que você expôs uma situação que está desgastante para você? Ou algo alegre? 

Talvez a palavra ‘meditação’ tenha te assustado. Calma! Está tudo bem, você não está infringindo nenhuma “lei espiritual”. Sabe por quê? Quando oramos é um momento de meditação, mas se fazemos às pressas, não dá nem tempo de ouvir aquilo que Deus tem a dizer.

Eu te convido a você orar nesse momento. Separe um tempinho agora para falar com Ele. Tem que ser agora, porque você vai esquecer depois. Feche os olhos e converse com o Abba. Depois você vai ficar em silêncio. Se concentre no momento e não deixe seus pensamentos irem para o que você precisa fazer no dia seguinte. Sempre retome onde você está, no lugar que você está sentado, o que está fazendo agora. Imagine você se olhando de fora, como se você fosse uma outra pessoa e pudesse até tocar em você. Imagine o olhar do Pai amoroso, olhando com ternura a sua preciosa filha, ou olhando com orgulho o seu filho. 

Se você quiser pode colocar uma música para esse momento, eu indico essa aí debaixo:

 

É assim. O Pai gosta de tempo de qualidade com os seus filhos. Passe tempo com Ele. 

Espero que esse post tenha feito sentido para você, se fez não deixe de comentar e se você acha legal falar mais sobre meditação por aqui, também comenta.:)

3 comentários:

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