,

Oportunidade de mudança e comunhão

@familiagma
Como falei no post anterior, não tem sido fácil ficar em casa nesses dias. Não é nem pelo ficar em casa, mas por ser uma obrigação e ter que evitar sair, sem almoço de família na casa da vó, sem abraços, sem beijos, sem cultos na igreja. Sem comunhão.

Aah, como a comunhão é importante! E a gente vê sua importância quando não a temos, pois precisamos dela para prosseguir na caminhada com Cristo. O afeto, o suporte e a presença fazem parte da nossa vida diária. É por isso que as igrejas existem, para reunir pessoas num mesmo propósito e para que elas ajudem umas às outras.

E o ser humano é uma criatura relacional, precisa da sociedade para viver bem. É quase impossível ~ para não dizer impossível ~ uma pessoa viver sem se relacionar com outras pessoas e claro, com Deus. 

O relacionamento nos molda! 

Deixa eu te contar, desde que a quarentena começou eu tenho tido diversas "iniciativas", como disse no post anterior: comecei a fazer exercícios, tentei criar rotina e mudar tudo de uma vez por todas. Deu certo? Não. No entanto eu via que esse tempo era uma oportunidade de mudança, eu queria mudar algo. Até porque se eu ficasse sem fazer nada, enlouqueceria - meus amigos que são testemunha do meu jeito de ser. 

Então eu percebi o que eu poderia mudar/melhorar: relacionamento com Deus. E tenho aproveitado esse tempo livre para me aprofundar nesse relacionamento, de me conectar de tal forma que eu sinta necessidade de passar tempo no secreto. Ele tem me tratado em vários pontos da minha vida, me ensinando a ver pequenos detalhes e vejo que isso tem me feito crescer em maturidade.

Eu entendo que você esteja sentindo-se ansioso por conta de toda essa situação em que vivemos, inclusive eu mesma me vi dessa forma. E eu sei que a sensação de não saber para onde ir, qual o próximo passo e de não ter controle das coisas seja angustiante, mas você concorda comigo que sempre deveria ser assim? Não a situação da pandemia, mas da dependência total nEle.

Sempre foi sobre ser dependente, na verdade somos nós que queremos tomar o controle das coisas, decidir o que a gente acha melhor, quando no final das contas, Ele sempre está lá aguardando a gente soltar aquela pontinha de dúvida/insegurança e deixar que Ele cuide de tudo.

E quando tivermos a oportunidade de abraçar, beijar e nos reunir novamente, que possamos valorizar esses momentos e nos entregar a eles sem reservas.

2 comentários:

  1. Eu, desde sempre, fui fã dos seus textos, Kampa, mas pela correria da vida acabei deixando a leitura constante um pouco de lado. Hoje, por coincidência, estava ajeitando alguns dos meus favoritos e na pastinha "Pessoal" - criada no remoto 2013 -, (re)encontrei um tal de "Cabe Amor".

    Na hora me veio várias boas lembranças de palavras, orações - em ambos os sentidos - e períodos escritos com muito amor e doçura que lia. Resolvi, então, clicar no link para ver se finalmente você tinha cumprido a promessa dos textos semanais - ou mensais, nem me lembro mais hahahaha

    Apesar da minha distância dEle, senti-me incrivelmente tocado por este seu texto e aproveitei para ouvir, após tantos anos, um "Rookmaker" do Marcão. Conforme avançava na leitura, muita coisa passava na minha cabeça. Lembra do quanto a relação pessoal sustentava a esperança em dias melhores? O quanto as conversas, orações em conjunto e, claro, boas risadas auxiliavam na fé? Nunca parei para pensar no quanto estar em comunhão era peça-chave para um relacionamento saudável com Ele. Com esse isolamento social, os atores da cidade - alô, Almeida! - têm conseguido manter mais pessoas cegas ou, pior, começado a diminuir a esperança dos que já tinham perdido a venda. A dependência de Deus se faz muito presente nesse momento, principalmente aos novos; aos com fé frágil e uma esperança abalada por outros motivos. Seu texto vem certeiro para ampara-los e deixa-los longe da interrogação.

    Espero que outros tenham contato com essa sua reflexão e possam, assim como consegui por um breve instante, sentir-se seguros. Lembro, agora, que Os Arrais tem uma música que fala justamente sobre tudo isso: 17 de Janeiro - curioso é que hoje é 17 de Abril, será que rola uma releitura? Um abraço, minha querida, e que continue cabendo tanto amor nas suas palavras.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ok, depois desse comentário eu posso dizer que me senti de novo em 2013 quando conversávamos sobre os nossos escritos e me deu saudades! Mas só Deus sabe o quanto foi importante cada conselho e incentivo que você em deu e continua dando (esse comentário mexeu comigo aqui). A verdade é que você marcou essa trajetória e fico feliz de ter marcado a sua também. Daqui uns anos a gente estará num evento literário com os nossos livros publicados, conversando sobre as nossas reflexões no messenger do facebook. hahaha

      Sempre caberá amor, sempre há espaço para aconchegar as palavras de amor e de vida, e você sabe que eu tô sempre aqui

      Excluir

Gostou do post? Comenta aqui então.