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Esgotamento criativo?

Foto: Pinterest

03/09/2021

Essas duas últimas semanas foram meio estranhas por aqui! Para falar a verdade, não sei se foi as duas últimas semanas ou se foi algo de repente. É que eu entrei num colapso interno de ansiedade esses dias e isso deu uma bagunçada na minha rotina. Senti uma enorme vontade de desistir de várias coisas, mas a ideia de que eu não poderia desistir começou a brigar dentro de mim e fiquei desestabilizada.

Teve um dia que coloquei a culpa no frio, "porque eu não me sinto produtiva no frio", mas depois comecei a colocar a culpa na minha desorganização, na minha casa, no meu sono, em tudo. E sem solução encontrada. Até arrisco dizer que se tudo isso estivesse ok ou perfeito, o sentimento ainda estaria aqui.

Eu sempre tenho esses momentos e é como se meu corpo e mente suplicassem por uma pausa. Pausa da vida corrida, das notificações do meu celular, da necessidade de produzir conteúdo. Isso tudo cansa. Tem certos momentos que queria só ser eu mesma, sem necessidade de "prestar contas".

Tem uma música nova que o Kadoshi vai dançar, até já começamos a criar a coreografia dela, e a coloquei para tocar, mas eu não queria dançar a coreografia, eu queria dançar qualquer coisa, que meu corpo conduzisse os passos espontaneamente. Eu poderia ter terminado e coreografar? Poderia. Mas naquele momento eu só queria dançar.

E hoje eu conheci uma música nova que me fez ter vontade de criar algo. Até comecei a ensaiar uns passos de acordo com o que sentia, mas logo desisti depois de querer gravar. O peso de ter um vídeo artístico na dança é demais para mim.

Tive que usar muito minha criatividade e acho que fiquei cansada! Faz parte. 

salto temporal

12/03/2022

Estava lendo o livro Despertar Criativo de uma das minhas musas criativas Fernanda Longoni e sua irmã Amanda Longoni, e me deu uma vontade de criar. Coincidentemente, resovi reler alguns rascunhos aqui do blog (vocês não tem noção do quanto tem por aqui) e cai nesse relato do ano passado. O mais louco - ou incrível, depende do seu ponto de vista - é que no livro retrata muito sobre colocarmos no mundo nossas ideias, compartilhar para que outras pessoas possam se identificar e se conectar com aquilo que foi criado. 

Como você acabou de ler meu relato pode perceber que eu fiquei com certo receio de fazer um vídeo de dança pois coloquei um peso do perfeccionismo em cima disso. E tenho percebido que tem sido uma constante por aqui, por mais que meu discurso seja anti-perfeição na maioria das vezes, algumas coisas ainda são difíceis de não gerar altas expectativas. 

Uma das coisas que as autoras retratam no livro é sobre a resiliência em terminar o que está criando, pois muitas vezes finalizar um projeto, uma história ou uma arte é mais difícil do que parece. Quando definimos que algo terminou não há a possibilidade de "melhorar" aquele projeto, pois nunca estamos satisfeitos com aquilo que produzimos. È mais fácil ter um projeto que não batemos o martelo sobre seu fim e poder "melhorá-lo", do que finalizar algo que achamos não estar bom o suficiente. Segredo: nós nunca vamos achar que está bom o suficiente.

Como por exemplo, esse texto. O meu relato estava largado nos rascunho assim como tantos outros, mas hoje eu resolvi finalizar, mesmo 6 meses depois de tê-lo escrito. Se eu acho que agora está perfeito? Longe disso, mas pelo menos finalizei.

No final das contas, o esgotamento não é criativo, mas sim das autocobranças que nos paralisam, e nos fazem sempre parar na metade, ou mesmo um pouco antes do final, pois elas geram medo e inseguranças. E eu cansei mesmo delas.

Agora me diz, devo trazer uma resenha mais completa sobre o libro Despertar Criativo por aqui? Comenta aqui embaixo.

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