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Mania de perder (auto)conexão

Eu sempre esqueço meu celular em algum lugar.

É até engraçado, quando acontece nem me admiro. Ontem foi um desses dias. Estava saindo de casa apressada (outro fato que já faz parte da minha vida), carregando duas bolsas e o celular na mão, pelo menos eu pensei que estivesse carregando. 

Entrando no carro, cumprimentei meu amigo e olhei dentro da bolsa, cadê o celular? Putz, esqueci em casa. Mas tudo bem, vou aproveitar os momentos com meus amigos - pensei - não ia ter sinal na chácara mesmo. Inclusive, foi incrível de verdade. Fazia tempos que não tinha um dia assim: comunhão, alinhamento, risadas, boa conversa, zoeira. Muita zoeira. 

Depois, quando cheguei em casa, lá fui eu atrás do celular. E cadê? Procurei por tudo mas não encontrava. A primeira coisa que passou pela minha cabeça é de que estaria no carro, afinal, eu achei que tinha levado, não é mesmo? Dei um jeito de conversar com meu amigo para que ele pudesse procurar. No final das contas, o celular estava o tempo todo no carro e eu não havia percebido.

Só poderia buscar o celular no dia seguinte. Fiquei um dia e meio sem alguns apps e foi, digamos, libertador. Me vi pensando sobre a necessidade de estar conectada o tempo todo e completamente abstraída por meros aplicativos, por conexões que nem sempre são reais.

Valeu a pena estar sem celular nesse período, não estar distraída com notificações de aplicativos, perdida no vácuo infinito que é o feed do Instagram, estar atenta ao que estava acontecendo ao meu redor e valorizar os momentos com meus olhos e não apenas em fotografias - que também são legais, no entanto, nem sempre precisamos estar com as câmeras apostas para registrar tudo e todos.

Quando peguei o celular, vi uma imensidão de mensagens e fiquei com vontade de esquecê-lo em outros lugares.


Já falei um pouco sobre isso em outros posts:

Um comentário:

  1. gente do céu, como assim você conseguiu ficar sem o cel de boas? Eu acho que surtaria. Não sou aloka viciada que fica toda hora olhando, mas ficar o dia todo sem ele... ain, não sei. Mas concordo que seria bem importante!

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